9.3.09

O vagabundo no espelho me espreita.
De soslaio constrói um rosto conhecido
Claro. Sem névoa nem treva lenta nem densa.
Nada me cerca. Só a ameaça do vidro
Limpo, me estapeia de través.
A brancura intensa diagonaliza o mundo
Alfineta-se nos olhos sem sangrar
Nada me escorre. Nem a ameaça do vidro.


Os outros quartos são também de espelhos
Feitos desse fogo. Sabe esse sem cor que se alastra?



O vagabundo no espelho da minha íris
Incha meus olhos.


Vê, amor? deixa eu te sujar dessa imundíce...! desse branco!

1 comment:

El Diablo said...

Isso, deixa o fdp gozar na tua cara logo.