5.7.08

dalet

Em certos lugares

As trevas ainda cobrem

A face do abismo

Eu, recém cegado,

Corro para lá.

Como é de costume

O último passo

É dado

No vazio

Caio.

Lento.

Você não me completa. Ninguém.

O chão não importa. Nunca os pés nele mesmo

abandona

Faço minha pequena revolução

Giro no ar numa revolta tranqüila

Recém chegado ao escuro

Vejo as coisas mais claras.

“É noite. E tudo é noite. E o meu coração devastado” despenca no rio oleoso

De M. Andrade

Lá embaixo

Bum!