22.6.09

refluxo de hiato

A certeza de que de vez em quando não vale a pena... Em todo o caso por que é que o dia tem vinte e quatro horas a partir de agora? A primeira vez que cada um de nós por toda a parte tinha os olhos tapados toda a nossa vida num estado de sítio
Uma vez por outra Uma vez que não As pontas dos dedos do outro lado no meio da sala com a poltrona de veludo sei que é você a única coisa que de um lado para toda a minha vida em que se encontra em sempre um contato
Mal não faz mal mas não quero dizer com um ar de condenável em qualquer circunstância as mãos nos bolsos com os olhos... com os olhos cerrados ou com os olhos cravados no entanto definitivamente com os olhos baixos com a cabeça baixa num canto do sofá com os punhos fechados
Diga me uma coisa Com as palavras de dentro de mim mesmo a sua humildade é a marca da possibilidade de sua troca na manhã seguinte? Não é o que eu era
Eu não podia eu não tinha lá por toda a parte a minha casa de silêncio onde de um mistério uma coincidência significativa abriu a porta da minha infância de meu velho lugar sobre os ombros Não tenha medo dos braços abertos dos braços ao ar porque é com as mãos em voz alta por onde se faz a volta

16.6.09

gomutrika quebrado

do

ro

mos

tua

nós

ce

me

da

a

sin

tra

do

los

ção

gra

ça

pe

can

san

for

dos

la

tos

10.6.09

vendo um sol

as letras que eu uso tem tanto barulho
que eu nem entendo. meu lá tem
música com tanto dó que
nem ouço o que diria. E se eu fosse
menos cacofórico, ainda ser.e.ia disfônico?

5.6.09

Quase isso.

Parece que foi ontem. Nasceu. Nem meu. Nem bem quis, nem mal teve. Seguiu. Num psiu, abaixou para que passássemos. Abriu as asas imensas. Tão maiores que a imagem. Assombro de apagar as luzes e fechar as portas. Apagam-se as luzes. Escombro. Escape. Ex qualquer coisa. E as asas gigantescas e o movimento do ar. Se tem amor, são traças nas pontas das penas. Desabou. Logo ali no sopro do tempo. Brisa de tombar pelos num arrepio quase bom.