20.3.09

e depois.

Olhos fixados no portal

Elipse de linhas inchadas

Entreabrem-se

Desde f: seu ponto

Superior

A experiência do sabor circular

Colidindo-se - Tangentes

Do suor entre as gotas focais

Do entendimento líquido

Em sua arquitetura interna

Plasticidade das fronteiras

13.3.09

enquanto isso...

Vermelho rugoso de brilho escorregadio
Lá perto das montanhas tímidas
por trás dos edifícios

9.3.09

O vagabundo no espelho me espreita.
De soslaio constrói um rosto conhecido
Claro. Sem névoa nem treva lenta nem densa.
Nada me cerca. Só a ameaça do vidro
Limpo, me estapeia de través.
A brancura intensa diagonaliza o mundo
Alfineta-se nos olhos sem sangrar
Nada me escorre. Nem a ameaça do vidro.


Os outros quartos são também de espelhos
Feitos desse fogo. Sabe esse sem cor que se alastra?



O vagabundo no espelho da minha íris
Incha meus olhos.


Vê, amor? deixa eu te sujar dessa imundíce...! desse branco!

8.3.09

...

Num baixar de cílios as pálpebras tremem
Leva a mão estrelada até a tensão da virilha
Lábios salivados vestidos com um sorriso
complacente
Sempre a nudez das coxas e as curvas alheadas
Dos pés feridos