14.2.10

Anger angel

Ao enfurecer da tarde, fecham-se os cruzamentos todos
Cuspidos da insanidade coletiva da instabilidade
Disseminada da gênese desagregada
Fecham-se as vias
Ao suportar da noite
O arregalo dos olhos que não compreendem
Despem o concreto em torno do asfalto
Reviram-se sem suporte num esforço inútil
Nenhum caminho conduz
Ninguém passa por lá
Ao amargor-na-boca da manhã
Na palidez não existem mais cruzamentos
Fecham-se as veias.
Ali! Só as teias.

2 comments:

Tati P. said...

uau! senti até a poeira...

ROGERIO said...

MORTAL man!